sexta-feira, 25 de junho de 2010

Viva a Maria da Fonte

O Governo tem nos habituado a uma série de trapalhadas que não passam despercebidas ao mais comum dos cidadãos. Não há ninguém que não tenha já sorrido, ou mesmo chorado, com promessas que são feitas de manhã e que à tarde são completamente esquecidas.
Quando isto acontece uma vez, o povo até aceita. Ninguém esperava e, por isso, perdoa-se. À segunda, o povo já começa a desconfiar e a torcer o nariz. À terceira já não se começa a ter pachorra para os enganos. O problema é quando os episódios se vão sucedendo a um ritmo alucinante e as coisas começam a confundir-se na cabeça das pessoas. Acho mesmo, e começo a acreditar pelo que vou ouvindo, que há já quem comece a pensar que as “scut” são uma parte das e(scut)as.
Mas, pior que estar constantemente a cometer “gaffes” é o facto de termos um Presidente da República que assiste impávido e sereno a tudo o que acontece. Pior ainda é termos uma oposição na Assembleia da República que também assiste de poltrona sem realmente agir, colocando um travão às trapalhadas. Uns barafustam, outros negoceiam e outros assobiam para o lado.
Perante isto tudo, o povo começa a perder a paciência, a confiança nos seus políticos e a serenidade. Na semana passada um autarca, que conhece bem o povo, pois convive de perto com ele, alertou para o clima de revolta que existe na sociedade, sobretudo na zona Norte. Houve logo quem reagisse e, surpreendentemente, um outro autarca, que mora no outro lado da margem, veio dizer que já lá vai o tempo da Maria da Fonte. Pois meu caro, a Maria da Fonte não está assim tão longe e acredito que poderá estar mais perto de sair para a rua do que aquilo que muitos pensam.
Na verdade, o povo já começa a ficar farto de tanta trapalhada e, sobretudo, que lhe mexam tantas vezes nos bolsos, sentindo que quem paga a crise são sempre os mesmos. Aqueles que podiam contribuir seriamente para a redução do défice continuam a ganhar rios de dinheiro, a passar férias “lá fora” e a rirem-se de quem realmente contribui. São esses que até propõem a redução de salários sem olharem primeiro para o seu ordenado. Por isto, e muito mais, acautelem-se os políticos que a Maria de Fonte está a preparar-se para sair á rua. E não faltará quem aclame: Viva a Maria da Fonte!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu não posso ser patriótico

Os portugueses foram este fim-de-semana convidados pelo Presidente da República a fazerem férias “cá dentro” pois, perante a grave crise económica em que vivemos, esta «é também uma atitude patriótica».
Ainda segundo Cavaco Silva «aqueles que podem passar férias devem fazê-lo cá dentro para ajudar Portugal a vencer as dificuldades actuais, pois passar férias cá é criar emprego, combater o desemprego e ajudar a melhoria das condições de vida dos portugueses».
Ora, isto até pode ser verdade se partirmos do princípio que ainda há gente que pode fazer férias em Portugal, tendo em conta os números do desemprego no nosso país.
Por outro lado, se olharmos para os salários da grande maioria daqueles que trabalham depreendemos que só lhes restam duas soluções. Ou passam férias em casa, ou então, arranjam coisitas baratas numa das praias mais perto da área de residência, porque ir para o Algarve, por exemplo, está “pela hora da morte”. Sim, que esta coisa de preço de férias razoáveis é só para estrangeiros.
Mas esta coisa do turismo em Portugal tem outros pormenores que nos deixam, no mínimo, confusos. Por exemplo, eu ainda não percebi porque é que ir a Paris de avião, ou a Londres, fica muito, mas mesmo muito, mais barato do que ir aos Açores ou à Madeira.
Para muitos dos destinos europeus, hoje os passageiros têm a possibilidade de recorrer aos voos “low cost”. Para as nossa regiões autónomas somos obrigados a desembolsar belas maquias, que nos levam a pensar que o senhor Presidente da República pode não saber muito bem quanto poderá custar uma deslocação, com estadia numa “pensãozita” barata, a S. Miguel, para passar uma semana.
Aliás, aos responsáveis pelo turismo tenho sempre ouvido dizer que deveríamos olhar para o que os nossos vizinhos espanhóis fazem. É verdade. Eles têm preços razoáveis e para todo o tipo de carteiras; tem uma atenção e um carinho especial para quem os visita e, sobretudo, não estão dispostos a “esfolar-nos” apenas de uma só vez. Por tudo isto, acho que não vou ser patriótico.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pisco-te o Olho - Paris V



Afinal, ainda não acabou... andei arredado uns dias, mas regresso com o mais recente sucesso da Disney... A Princesa e o Sapo

Foto: José Carlos Ferreira